“É[Sobre]Vida”. Esse é o título do livro da professora Mônica Strege, que será lançado no próximo dia 28 de fevereiro, na Casa do Cuidar-Prática, fundada pela médica paliativista e escritora Ana Cláudia Quintana Arantes, em São Paulo. Na capa, ilustrada pelo ex-aluno e amigo, José Diogo Ferreira de Melo, a autora revela a essência do conteúdo; falar sobre a vida. A obra, composta de 220 páginas, mergulha no subconsciente do leitor com a intenção de gerar uma faísca sobre o que é realmente viver.
Com palavras da escritora, “registrar memórias e reflexões nas páginas de um livro é um ato de insurgência contra a morte.” Apesar de construído em um cenário fatalístico, como é a situação da professora, em tratamento oncológico paliativo, a obra revela justamente a compreensão da vida como uma página em branco, a ser reescrita diariamente, a partir de cada desafio apresentado.
Mônica Strege nasceu no interior de Santa Catarina e mora em Mato Grosso desde 1998. Professora da rede estadual desde 2009, atua na área de Ciências Naturais e Biológicas, no município de Vila Rica. Atualmente está licenciada para o tratamento do câncer, diagnosticado em 2021. Apesar dos altos e baixos da doença, a mulher, mãe, esposa, profissional, atua com vivacidade todos os papéis, aos quais se somam os de escritora e o de voluntária do Instituto Oncoguia, uma ONG de apoio, informação e defesa de direitos dos pacientes com câncer.
Nos últimos três anos, a também sindicalista se tornou militante da luta de prevenção ao câncer e dos cuidados paliativos. Em agosto de 2022 representou o Oncoguia no Congresso Nacional na abertura do “Agosto Branco”, mês dedicado à conscientização da sociedade em relação a prevenção do câncer de pulmão, neste mesmo ano foi homenageada com menção honrosa pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso.
Ao longo das mais de 200 páginas do livro, a educadora aponta enfrentamentos para além daqueles impostos pela condição de saúde. Faz, indiretamente, a cada capítulo, uma análise sobre o Brasil, destacando a cultura patriarcal, misógina, racista, que de forma direta ou indireta tiveram impacto na sua formação e nos impasses que enfrentou no cotidiano pessoal e profissional.
A história registra muito sobre as perspectivas da vida social e coletiva, a partir dos relatos de uma mulher, pobre, filha de lavradores, nascida no interior do estado de Santa Catarina, que lutou a vida toda para poder estudar e completou os estudos fora do período regular. A autora se propôs a enfrentar os desafios, à medida que foram se apresentando, e buscou coragem para enfrentá-los. A obra é um capítulo da vida, que propõe análises e questionamentos do leitor sobre valer a pena!
A autora, que é mãe de João Lucas, acaba de “dar à luz” ao “É[Sobre]Vida, o definiu assim “Ele não é uma história triste, nem alegre, nele conto a história de uma menina pobre que lutou para estudar durante toda sua vida e mesmo após ter seu caminho atravessado pelo câncer, mas que ainda assim decidiu não parar”, conclui Mônica. Mesmo após o diagnóstico da doença continuou estudando, concluiu o mestrado em Educação, atualmente é doutoranda.
"É [Sobre]Vida", uma obra que transcende as fronteiras entre autobiografia ao oferecer uma visão multifacetada e inspiradora da vida e da resiliência humana, estará à venda a partir do dia 03 de março e pode ser adquirido por meio do contato direto com autora através dos perfis no instagram: @esobrevida, @monicastrege ou do whatsapp (66) 98431-5510.
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