A cada dia que passa, aumenta a expectativa de vida dos seres humanos, nos anos 40, por exemplo, a expectativa de vida de um homem era de apenas 42 anos, e de uma mulher, de 48; segundo o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), disponibilizadas pelo Ministério da Saúde.
Com o acesso ao saneamento básico, produção de alimentos em larga escala, vacinas e medicamentos, houve uma mudança significativa nesse marco. Estudos de 2022 (de acordo com o SIM), revelam um aumento de pelo menos 30 anos na expectativa de vida, para homens e mulheres.
Além dos fatores já apresentados e da reprogramação de células que a biologia tem possibilitado a favor da saúde, é indiscutível que existem algumas lições de casa - simples - a se fazer.
A carioca Géssica Lopes Mendonça (COREN 000201533), profissional de enfermagem com mais de 16 anos de carreira, destaca a prevenção como condição para quem busca a longevidade.
“A saúde não se faz simplesmente com o uso de uma pílula, a promoção da saúde se faz a longo prazo, sobretudo com o cuidado preventivo, ao ensinar o indivíduo a cuidar de si e tomar decisões saudáveis, prevenindo complicações com uma boa alimentação e exercícios físicos, também tratando precocemente eventuais problemas que surjam”, destaca Géssica.
“Há certo consenso que a expectativa de vida está ligada a 20% da genética do indivíduo e 80% aos hábitos que cultiva. É preciso atuar fortemente em cima dos bons hábitos, sobretudo após os 40, 50 anos de idade”, reforça.
Segundo reportagem publicada pela revista Veja (Set/23), há relatórios no Japão, que mostram que 1 em cada 3 pessoas tem mais de 60 anos, e que 10% daquela população já tem mais de 80 anos. “Isso se deve à elevação do bem-estar, da cultura de boa-alimentação e a prática de exercícios físicos naquele país”, diz a profissional de enfermagem.
“Os cuidados primários realizados pelos enfermeiros como aferir a pressão arterial, verificação dos sinais vitais, curativos, administração de medicamentos, etc. Muitas vezes esses são os primeiros passos para entender em que ponto está a saúde do indivíduo, para a partir daí buscar um caminho preventivo”, completa.
Géssica reforça que “o saber acumulado mostra que envelhecer com saúde é fazer todos os dias: exercícios físicos, manter uma boa alimentação, um bom sono, e evitar a todo custo ingerir bebidas alcoólicas e fumar”.
“A saúde tem que ser tratada de forma preventiva, não focando na doença e sim nas formas de não se adquirir. É uma maratona embalada por hábitos saudáveis e não uma corrida de curta distância”, finaliza Mendonça.
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