As inundações no Rio Grande do Sul geraram incertezas sobre a safra de soja no Brasil, provocando uma reação nos preços tanto no mercado interno quanto na Bolsa de Chicago em maio. Produtores aproveitaram os picos de preços para realizar vendas.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 123 para R$ 133 durante o mês de maio. Em Cascavel (PR), a cotação aumentou de R$ 123,50 para R$ 130, e em Rondonópolis (MT), de R$ 116 para R$ 125,50. No Porto de Paranaguá, a saca de soja teve um aumento de R$ 130 para R$ 138.
Apesar da maior oferta, os prêmios permaneceram firmes, impulsionados pela demanda chinesa concentrada na América do Sul.
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos de soja para julho, o mais negociado, registraram uma valorização de 4,86% em maio, atingindo US$ 12,19 1/2 por bushel na manhã de 31 de maio.
Apesar do avanço no plantio nos Estados Unidos e da demanda fraca pelo produto americano, as perdas na produção do Rio Grande do Sul garantiram a elevação dos preços.
O câmbio também favoreceu o mercado de soja no Brasil. O dólar comercial valorizou 0,33%, fechando em R$ 5,2088. A postergação dos cortes de juros nos Estados Unidos e as preocupações fiscais no Brasil sustentaram essa alta.
Para junho, a atenção se volta para o clima nos Estados Unidos e os números definitivos da quebra na safra gaúcha, que devem influenciar os preços no Brasil e no exterior. O relatório mensal do USDA e os dados consolidados do plantio nos Estados Unidos, esperados para o final do mês, serão cruciais para o mercado.
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