A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) confirmou que as tarifas de energia elétrica terão acréscimo em junho com a adoção da bandeira vermelha, nível 1. A medida ocorre em meio à redução do volume de chuvas e à consequente queda na geração de energia por usinas hidrelétricas, segundo projeções do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Com isso, os consumidores passarão a pagar uma taxa extra de R$ 4,46 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, encarecendo as contas de luz em todo o país. Em maio, ainda vigorava a bandeira amarela, que impunha uma cobrança adicional menor. A mudança sinaliza um alerta para a necessidade de uso racional da energia neste período.
Em tempos de bandeira vermelha, o controle do consumo se torna essencial para evitar impactos significativos nas despesas domésticas. Com pequenas mudanças de hábitos, é possível reduzir o valor da fatura e aliviar o bolso das famílias.
O chuveiro é responsável por grande parte do consumo mensal de energia, especialmente em residências. Durante os meses mais quentes, optar por temperaturas mais baixas ou até pelo modo “verão” pode representar uma economia de até 30% no consumo desse equipamento.
A geladeira é outro eletrodoméstico que pesa na conta. O funcionamento contínuo e o hábito de abrir a porta com frequência elevam o consumo, já que o motor precisa trabalhar mais para compensar a entrada de ar quente. Evitar guardar alimentos ainda quentes e verificar o estado da borracha de vedação das portas são atitudes simples que ajudam a diminuir a demanda por energia.
Outro erro comum é usar a parte traseira da geladeira para secar roupas — prática que aumenta significativamente o esforço do motor e o consumo elétrico.
Nos dias de calor, o ventilador é uma alternativa mais econômica ao ar-condicionado. Além de consumir menos energia, também é mais acessível financeiramente. No entanto, é importante controlar o tempo de uso e desligar o aparelho ao sair do ambiente.
Se o uso do ar-condicionado for inevitável, há formas de minimizar o impacto no consumo. Cada grau a menos na temperatura pode elevar o gasto em cerca de 10%. Por isso, o ideal é manter o ambiente escuro com cortinas fechadas e as janelas vedadas, para evitar a entrada de calor. Uma estratégia inteligente é combinar o uso moderado do ar-condicionado com o ventilador, o que ajuda a manter o conforto térmico com menor custo energético.
Outro fator que contribui para a redução da conta de luz é a escolha das lâmpadas. Substituir modelos incandescentes por lâmpadas de LED resulta em menor consumo e maior durabilidade. Além disso, pintar as paredes com cores claras favorece a iluminação natural e reduz a necessidade de luz artificial durante o dia.
Em resumo, diante da bandeira vermelha nas tarifas de energia, é possível evitar aumentos expressivos nas contas com medidas simples e conscientes. Avaliar os hábitos de consumo e fazer escolhas mais eficientes pode ser a chave para atravessar este período sem comprometer o orçamento familiar.